O medo de não saber voltar para Pipa

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Esta semana voltei de uma viagem fantástica pela Europa com marido e filhos. Fantástica sim, mas desafiadora. E eu estava com muitos receios. Antes de ir, me sentia absolutamente em risco. Ir para Paris, vários voos, conexões, Airbnb, malas, véspera de olimpíadas, lotação, aeroportos, metrô, carteiristas, sem falar francês… sei lá! Me vinham vários alertas de perigo e eu meditava em busca de calma. 

 

Somente quando estava lá, vivendo todas as emoções e perigos tão aumentados, eu lembrei que, aos 22 anos – e 45kg, fui sozinha com uma mochila enorme nas costas trabalhar como voluntária numa instituição no norte da Inglaterra, em Hull. O ano era 2003. Eu vendi o meu Fiat Uno, comprei a passagem, e 3 meses depois embarcava em Recife, conexão em Lisboa, para Londres, metrô para estação Kings Cross, pegava um trem por várias horas ao norte, subindo para o frio inglês. Claro que eu morri de frio, nunca tinha vivido fora. Eu não tinha celular, internet não era como hoje, não existia whatsapp, nem google maps, nem conta bancária digital. Era novembro e eu não tinha nenhum receio. 

 

Uma jovem de 22 anos sozinha com o mundo por descobrir e uma mulher de 43 mãe de 2 adolescentes. Uma boa experiência em viagens, todas as facilidades da tecnologia, segurança financeira. Voltei para casa com um encantamento que só as viagens criam. Uma vontade imensa de dormir na minha cama e assistir ao fim da tarde no meu jardim. Muito diferente da jovem Ludmila, que voltou mais madura, mas com a vontade persistente de voltar e nenhum reconhecimento pelo lugar no qual nasceu.

 

A cada ano eu me proponho novos desafios. O Peru, a Amazônia, Inhotim, Alemanha no Inverno, Paris no verão, sertão pernambucano, sul do Brasil. Sair para aprender, construir memórias com minha família, conhecer pessoas e lugares. Voltar para a casa é o maior prazer. O respirar aliviada. O me reconhecer. Não foi sempre assim, está claro, mas Pipa é diferente. E cada vez mais um lugar que proporciona não apenas belas praias e ótimo clima, mas conexão, autoconhecimento, liberdade financeira, qualidade de vida, simplicidade com bem estar.

 

Vamos, juntos?!

 

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